O Rei de Copas - Ódio - Ajuda ao RS - Hesitocracia e o RS - Outros.
Gostaria de estar feliz, mas a ineficiência do governo me impede, embora confirme tudo o que sempre estudei.
O v(4), n(19) chegou em meio à tristeza que se abateu em parte do Brasil (a outra parte está demonstrando todo seu ódio, lamentavelmente).
O Rei de Copas - A primeira copa que conheci ficava no 8o andar (acho que era no 8o) do BDMG, o Banco de Desenvolvimento etc. etc. O garçom, cujo nome me escapa agora, servia o andar todo, uma vez pela manhã (café) e uma à tarde (café um pão com manteiga). Era o final dos anos 80 e começo dos 90. Ali conheci chefes incríveis e o que era ser um bom profissional. Anos depois, talvez no início dos 2000, numa comemoração qualquer, no auditório do banco, reencontrei o velho amigo que, reconhecendo o antigo estagiário, encheu meu copo com uma verdadeiramente generosa dose de whisky. Incrível ver o carinho das pessoas.
A segunda eu conheci no final do corredor à esquerda de quem sobe a rampa vindo da entrada principal da FEA-USP. Ali havia uma copa e uma senhora velhinha que jamais vi sorrir. Resmungava o tempo todo. Os mestrandos, doutorandos e um ou outro professor passavam por ali para tomar um café. De vez em quando, ela puxava a garrafa de café para dentro reclamando que bebíamos demais, demonstrando uma clara inabilidade para o ramo dos negócios (exceto se o negócio for não vender o que você é pago para produzir). Não foram poucas as vezes que empurrávamos a porta semiaberta para, humildemente, pedir-lhe ao menos mais um copo de café. Talvez ela gostasse deste poder, mas eu acho que era só rabugice mesmo.
A terceira, conheci na FJP-MG, na qual há uma garrafa de café que nos poupa de mudar de andar para buscar o ouro negro. Gera pouco prejuízo à produtividade (há outras coisas para sabotar sua produtividade no caminho entre a copa e a sua sala, claro). Não é uma copeira que eu conheça bem. O café que ela faz ajuda na manutenção da minha energia. Creio que, na verdade, há várias copeiras que se revezam, ou talvez seja que estou ruim em reconhecer fisionomias.
Estas três copas me fazem pensar que talvez, só talvez, o café e eu tenhamos uma relação muito íntima. A bem da verdade, tomei gosto pelo pretinho (com adoçante, por favor) na xícara na primeira copa e, depois, nunca mais parei. Quando morrer, enterrem-me com umas sementes de café, por gentileza. E, também, com uma bandeira em que se leia: Rei de Copas.
Ódio - É o que mais vejo. Gente que vocifera - não sem razão - contra quem culpa a minissaia da mulher pelo estupro, agora, diz que o gaúcho é culpado pela tragédia porque votou no Bolsonaro. O amor não venceu. Venceu o radicalismo estimulado por políticos para aumentar o rebanho de eleitores com um discurso do “nós contra eles”. A lógica disto é a irracionalidade racional, sobre a qual falei aqui no início desta newsletter inaugurada em…10 de maio de 2021, ainda em plena pandemia. Se é isso mesmo que você chama de amor, olhe para dentro de você e dê uma chance para aquela sua dúvida angustiante.
p.s. do jeito que a extrema-esquerda anda “ressignificando” ou “cancelando” e obrigando pessoas a serem “fulano em reconstrução”, em breve chamaremos “genocídio” do quê? De harmonização racial?
Ajuda ao RS - Adolfo Sachsida, economista e ex-ministro no governo passado, publicou um ótimo texto com propostas para a recuperação do abatido (mas não vencido) Rio Grande do Sul que se caracterizam por não gerar custo fiscal. Isso mesmo. Não concorda? Acha que precisa de aperfeiçoamentos? Então vá lá ler, discutir e, quem sabe, você não propõe algo também?
Hesitocracia e o RS - Meu texto sobre o tema, publicado ontem. O outro texto é o do Aod Cunha, sobre a reconstrução.
Orgulho - Ex-alunos, colegas e professores, no sul, mostrando que alguns brasileiros são maiores do que charges cheias de ódio ou de vídeos de intolerância diante do rebanho perdido de fazendeiros.
São estes intolerantes, fascistas? Não. Fascista não é um termo que se defina pelo grau de ódio de um discurso. A extrema-esquerda, por exemplo, tem tanto ódio quanto a extrema-direita.
O nome disso é, sei lá, desavisado, infeliz, demoníaco, maldoso etc. Há de tudo (e, às vezes, há interseções). Errar é humano, perdoar é divino e eu, definitivamente, não sou Deus.
Resultado do survey da semana passada - 100% de votos em capivaras.
Fiquem com esta mensagem - Antonio Marcos e um de seus maiores sucessos.
Por hoje é só, pessoal e…até mais ler! (*)
(*) “até mais ler” foi plagiado do Orlando Tosetto, cuja newsletter, aliás, você deveria assinar.
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Talvez você seja novo por estas bandas. Rapidamente: publico geralmente às quartas. Eventualmente há algumas edições extraordinárias. Assinar (custo = R$ 0.00 + valor do seu tempo para apertar o botão subscribe com seu endereço de e-mail lá…) me ajuda bastante. A temática? De tudo um pouco. Confira os números anteriores aqui.