2022: o ano em que tocamos a campainha e demos no pé!
All work and no play makes Jack a dull boy,All play and no work makes Jack a mere toy.
Bem-vindo ao v(2), n(2). Retomo inicialmente o tema do Dr. Moreau. Em seguida, alguns variados temas de não-ficção (incluindo um breve retorno de nosso #juobananerepresidente). Ainda estou no ritmo de início de ano (e no gozo de um curto período de férias…).
A Ilha do Dr. Moreau - Incrível, mas nunca havia lido (eu tenho ‘não lido’ muita coisa ao longo da vida…).
De todo modo, este livro, li em dois dias (enquanto ainda escrevia a versão do Dr. Moreau-Palhinha do número passado). Comprei uma tradução de 2018, da ViaLeitura que, aliás, tem notas do tradutor que são, realmente, interessantes.
Eu não conhecia a “Lei” da ilha do alucinado Dr. Moreau. Agora tenho uma irresistível vontade de anotá-la em papel…
Não ficar de quatro; essa é a Lei. Não somos homens?
Não sugar a bebida; essa é a Lei. Não somos homens?
Não comer peixe nem carne; essa é a Lei. Não somos homens?
Não arranhar a casca das árvores; essa é a Lei. Não somos homens?
Não caçar outros homens; essa é a Lei. Não somos homens?
…juntamente com esta outra referência…
All work and no play makes Jack a dull boy. All work and no play makes Jack a dull boy. All work and no play makes Jack a dull boy. All work and no play makes Jack a dull boy. All work and no play makes Jack a dull boy. All work and no play makes Jack a dull boy.
(Aliás, em outra versão, existem duas frases: All work and no play makes Jack a dull boy,
All play and no work makes Jack a mere toy)
Por este motivo, leitor, que é bom dar um tempo de vez em quando. Eu me pego imaginando se Jack Torrance descansaria na ilha do Dr. Moreau ou se Edward Prendick poderia escrever um diário menos angustiante no hotel de O Iluminado.
Ainda sobre a história do Dr. Moreau, há um box muito bom com as três versões do filme no cinema (1933, 1977 e 1996), juntamente com um documentário sobre o fracasso da última versão.
Assisti os quatro. Sobre os filmes, bem, nenhum deles é uma adaptação fiel do livro. Além disso, meu ranking é: versão de 1977 seguida da de 1933 e, claro, por último a fracassada versão de 1996. Sobre o documentário, achei este comentário ótimo.
A versão de 1977, aliás, tem aquela atmosfera sci-fi dos anos 70. Quem viu Logan’s Run e O Planeta dos Macacos (para mencionar apenas alguns) sabe. Aliás, a música do filme lembra muito a deste último. Michael York (que também é o astro de Logan’s Run) e Burt Lancaster são bem convincentes como Edward (o náufrago) e Dr. Moreau, respectivamente.
Juó Bananére em campanha - Lustrissimos inletôres, io ‘stó gandidátumu prezidenziale. S’imagine os signores che o an’no giá começó. Oggi io vô impubricá mia pinió das urnas co fundo infarsifigato che us acurreligionari mandaró afazê.
Eh! Molto innovadore! Tambê auditábile. Tutto us voto do fundo infarsifigato só auditábile! Che bellezzura!!
Intó, io e os altro gandidátumu arrisolvemo tomá um shoppe i duo pastéle na padaria. Tambê ‘stáva lá u juice du tribunale inletorale. O juice, intó, faló che tutta urna ia tê fundo infarsifigato i tutto os gandidátumu ficaro feliche. Eh! Chi bela in’novaçó inletorale!
Avanti patriote!
Vote tuttos in min!!
#juobananerepresidente
A lógica econômica das NFT - Uma ótima explicação da lógica econômica subjacente ao mercado de NFT.
Aliás, esta é uma newsletter que vale a pena assinar se você curte Ciência Econômica.
Substack - Algumas novas assinaturas em newsletters de assuntos diversos feitas ali, perto do final de 2021. Não me perguntem quais são. Eu me esqueci. É que é mais gostoso quando chega o texto novo na caixa de e-mails.
O segundo turno e a pandemia - No primeiro artigo da última Revista do Serviço Público de 2021, um artigo interessante busca responder uma pergunta que preocupou a todos (eu mesmo me perguntei muito sobre isto na época): será que cidades que tiveram segundo turno nas eleições de 2020 também apresentaram, por conta disto, aumentos em casos ou óbitos gerados pelo Covid-19?
Ficou ofendido? - Rick Gervais, dentre outras, um fervoroso defensor dos direitos dos gays (gay rights) também é um defensor do direito ao humor, quer você se sinta ofendido ou não com alguma piada. É uma das pessoas que valeria a pena conversar e tomar um café, não?
Economia Austríaca? - David Friedman é sempre uma boa leitura. O prof. Berggren repercute seu texto em que faz uma crítica à ‘economia austríaca’, especificamente, a Murray Rothbard que, aliás, já foi criticado também por Bryan Caplan em várias ocasiões.
Como Ciência Econômica não é fé, mas, sendo redundante, é ciência, não há por que achar que alguém tenha que ser lido de forma exegética. Vale a pena ler a crítica de Friedman.
Path Dependence (Dependência da Trajetória) - Quem conhece o conceito deve saber também que um dos artigos seminais discutia a questão da disposição dos caracteres em teclados de computador.
Claro, os teclados são diretamente derivados das tradicionais máquinas de datilografar e, enquanto lia, aleatoriamente, antigas edições do Observador Econômico e Financeiro (vá lá na Hemeroteca Digital e divirta-se também!), encontrei um brasileiro que fez uma proposta de um teclado, com base em um estudo próprio. Deixei a referência aqui.
Caso use em sala de aula e ache conveniente, aproveite para indicar aos alunos esta sua humilde newsletter.
Radicalismos - Um estudo do programa START sobre os Proud Boys. Ainda sinto falta de empenho similar no estudo dos radicais de extrema-esquerda (seja nos EUA, ou no Brasil). De todo modo, o pessoal do START é uma boa referência quando o assunto envolve dados sobre terrorismo.
Dica de R: Propensity Score Matching - A discussão de causalidade mudou bastante a econometria aplicada (notadamente quanse usa dados cross-section ou de painel). Este didático exemplo do uso da técnica de PSM pode ser útil ao leitor interessado não só em sua implementação em R, mas também no entendimento da questão causal.
Talvez você seja novo por estas bandas. Rapidamente: publico duas vezes por semana, geralmente às quartas e sábados. Eventualmente há algumas edições extraordinárias. Assinar (custo = R$ 0.00 + valor do seu tempo para apertar o botão subscribe com seu endereço de e-mail lá…) me ajuda bastante. A temática? De tudo um pouco. Confira os números anteriores aqui.