Um furioso Orlando encantado, um Errado Capitão Rodrigo e um Claudio entram em um bar. Outros.
A jornada dos heróis foi no último sábado.
Eis o v(2), n(52) da news. Direto ao ponto!
Orlando Furioso, um Errado Capitão Rodrigo (e eu) - Foi uma conversa muito legal em um almoço no qual entrei no bar com um único objetivo (além de experimentar o famoso pernil, do estabelecimento): presentear Orlando.
Também pretendia conhecer o Errado Capitão Rodrigo que, aliás, já havia se manifestado, pela rede social, uns dias antes, sinalizando que a conversa seria de alto nível com um belo dum palavrão. É, não temos frescuras.
Ao contrário do que alguns podem imaginar, os assuntos variaram de metafísica a ontologia, passando pelos últimos lançamentos da literatura turca (e da poesia finlandesa) e as últimas novidades da engenharia genética. Pelo menos é do que me lembro após algumas cervejas. Como dizem as propagandas, fotos meramente ilustrativas, o conteúdo não é exatamente o mesmo (pilhas vendidas separadamente).
O almoço mesmo (não me refiro à conversa, mas ao ritual gastronômico propriamente dito) foi algo tardio e contou com uma moderada dose de cerveja (para o padrão da Baviera) e dois pratos muito saborosos (pernil e cupim) servidos no simpático estabelecimento (cujo nome não me recordo agora, ou já faria a propaganda gratuita) no simpático bairro de Cambuci, em São Paulo (por óbvio!!!).
O presente do Orlando? Ora, ganhou o livro cujo título é Orlando Furioso (em dois volumes). Esperava deixá-lo furioso, mas ele se declarou apenas ‘encantado’, o que muito me enfureceu (embora eu tenha feito cara de paisagem na hora e desconversado porque, observando o tamanho dele relativamente ao meu, o mais prudente era mesmo aceitar sua suposta não-fúria…).
Em uma versão apócrifa deste encontro, falou-se mal de muita gente, discutiu-se o futebol paulista e eu teria tido minha missão (spoiler alert(?)) revelada: eu seria um agente secreto do falecido réu por crimes de guerra, o senhor generalíssimo Hideki Tojo. Sim, isso mesmo! Segundo Orlando, o diabólico Tojo teria me enviado para o Brasil, especificamente para a Amazônia.
É que minha (suposta) missão seria preparar o terreno para que tropas japonesas invadissem a Amazônia no futuro. Meu disfarce? Bem, eu estaria em ‘missão científica’ afim de validar a hipótese de que índios e japoneses são ‘parentes’ (o que tornaria a Amazônia um território legitimamente japonês…ou talvez okinawano apenas).
Que plano maligno! Mas como eu faria isto? Aí vem a melhor parte: tentando encontrar semelhanças entre vocábulos dos nativos com seus correspondentes na língua nipônica. Bem diabólico este plano, né? Ele só poderia mesmo ter saído da mente de um Orlando Furioso.
O Errado Capitão Rodrigo, nesta versão apócrifa do encontro, pode até ter dito que possuía provas de que isto não seria fruto da loucura furiosa de Orlando. Até o Errado Capitão Rodrigo estava…furioso. Pelo menos em suas teses (fale-lhe mal do Palmeiras, por exemplo).
Mas isto são boatos, fofocas, coisas faladas à boca pequena. Gente de bem não fala sobre isso não, certo?
Certo?
p.s. Espero que o Orlando aceite o convite e grave seu programa especial no FiBoCa. A conferir!
p.s.1. O Orlando e o Capitão têm, ambos, newsletters que você deveria assinar (estudos mostram que 9 entre 10 assinantes dele enriqueceram após a assinatura. Há boatos de que um paraplégico voltou a andar…).
p.s.2. Sobre o FiBoCa, o último teve o poeta baiano, João Filho que, aliás, declamou Juó Bananére com um sotaque não-bananérico, o que me motivou a chamá-lo de João Bahianérico (na esperança de que ele tenha um chilique histérico, só para rimar, mas ele é baiano, logo, é calmo demais para chiliques…).
Governança Radical - A economia política das novas jurisdições como zonas econômicas especiais e charter cities é um tema que - sempre digo - merece estudo. As evidências, aliás, são bem pouco favoráveis aos mais otimistas com o sucesso destes experimentos, o que, para mim, é uma pena.
Entretanto, um paper interessante faria uma modelagem simples da economia política que envolve a criação e sustentação estável (ou não) de jurisdições especiais. Este é um tema que alguém poderia desenvolver com um pouco de Teoria dos Jogos. É um jogo envolvendo o desenho de uma federação, uma constituição e agentes privados.
É, é sempre fácil dar idéia (com acento!) para outros trabalharem. Fica aí, gratuitamente, para algum pesquisador que deseje investir em pesquisa sobre esta temática. ^_^
Crime e dados - O presidente do IPEA, Erik A. Figueiredo, lançou uma ótima nota para aqueles que se interessam pela discussão - nada trivial - sobre os determinantes da criminalidade. Vai muito além daquele papo superficial de boteco. Confira, aqui.
Feliz Aniversário - Não poderia passar batido o aniversário de Mel Brooks (ontem, terça-feira). Bom humor sempre. Acho que foi ele quem disse que uma demonstração de que você venceu Hitler é rir dele. Creio que foi um comentário acerca do hilário ‘Primavera para Hitler’ que ele dirigiu e, posteriormente, produziu sob o nome ‘Os Produtores’. Aliás, em inglês, o nome dos dois filmes é The Producers.
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Música Folclórica Japonesa - Pois é. Eu me apresentei em São Paulo, mas, a melhor notícia, é que, em Brasília, Renan Ventura e mais quatro pioneiros, apresentaram-se com o Grupo Min no Festival do Japão. Sabe o que isso significa? Que agora temos cinco mosqueteiros (samurais?) cantando e ensaiando música folclórica japonesa em Brasília com alguma regularidade.
Fico muito, muito (muito, muito, muito) feliz com isso.
Princípios de Economia em três tuítes - Muito bem explicado. Você pode não concordar, mas não há como negar o papel informacional do sistema de preços. Obrigado pela explicação didática, Eli.
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Natação Nietzschiana - Sensacional isso aqui.
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Por hoje é só, pessoal e…até mais ler!
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