Saia de cena no topo de sua carreira - Incentivos bem desenhados - Cícero e Cícero - Outras provocações bem educadas.
Bafômetros em pontos estratégicos de Brasília poderiam ajudar no financiamento dos gastos públicos. Não me pergunte como.
O v(3), n(40) chegou. Contra tudo e contra todos. Inclusive contra mim mesmo.
Saia de cena no topo de sua carreira - Algumas histórias interessantes, envolvendo atores e diretores, sob esta análise, aqui. Eis um resumo do argumento de ‘sair no topo’.
A figura sugere que gostamos de nos lembrar mais dos ótimos momentos do que dos bons (que, imagino, são mais frequentes). Vasculhando minha memória, até tentei achar alguns momentos excepcionais. São poucos. Dois deles envolvem a música folclórica japonesa. Outros dizem respeito a encontrar pessoalmente algumas pessoas incríveis. Vou tentar me lembrar de outros.
Incentivos bem desenhados - Ou: um bom arcabouço vem com um bom sistema de incentivos. Considere, por exemplo, o caso do McKinsey Institute, relatado neste ótimo texto do prof. Rasmusen. Em 2023, a legislatura decidiu que o estado não colocaria mais dinheiro no instituto (o passado de McKinsey não é lá muito glorioso…).
Este incentivo não será efetivo se o objetivo for encerrar as atividades do instituto. A sugestão dele é muito mais interessante:
Money is fungible. You need to be careful when you try to control it. The Indiana legislature should have said that the state appropriation to Indiana University would be reduced by the amount of the funding of the Kinsey Institute, regardless of where that funding came from. That would have hurt. What the legislature did was just virtue-signalling.
Complemento: como todos nós somos minimamente inteligentes, perceberemos logo que a medida não é eficaz e que, de fato, os legisladores meramente sinalizaram virtudes (sem efeitos práticos). Mais ainda: no caso de regras de controle de déficit público, se bem feitas, serão diretas (simples), como na sugestão acima.
Quando não são simples, para começo de conversa, é porque são feitas com brechas porque, no fundo, não se quer controlar o déficit. Regras devem ser claras, diretas e pensadas respeitando a lógica do homem racional que, com ou sem vieses, ainda é o melhor modelo para se pensar a ação humana.
Cícero e Cícero - Pois é. Cícero era o sobrenome do famoso orador romano, Marcus Tullius Cicero. Seu irmão, general romano, chamava-se Quintus Tullius Cicero. Recentemente, li o Como ganhar uma eleição, que é basicamente uma ‘cartilha’ na qual Quintus dá uns conselhos ao irmão, então um candidato ao cargo de cônsul.
O livro é minúsculo - é um livro de bolso com pouco mais de 100 páginas (há uma bela edição bilíngue, mas que custa o dobro…), recheado de conselhos bem pragmáticos para que Marcus pudesse sair vitorioso do processo eleitoral. Alguns editores vendem o livro como uma receita de sucesso, já que, de fato, ele ganhou a eleição. Entretanto, correlação não é causalidade, necessariamente.
Ainda assim, o livro tem lá seu valor. O general Cicero bem poderia ser chamado de ‘pai do marketing político’. Ou da ‘estratégia política’. Não há nada excepcional em seus conselhos, não o leia procurando a ‘fórmula mágica/disruptiva’ que vai lhe dar a vitória em uma eleição. Desde Roma (claro!), sabemos que é importante adequar discursos para diferentes grupos de eleitores. Ou que estes não gostam de candidatos que não cumprem promessas.
A edição que comprei é da Edipro, lançamento de 2013.
Como destruir um jovem (uma das formas) - Simples: proíba, sutilmente, o livre debate de idéias (com acento mesmo). É o que está, lentamente, piorando a qualidade do capital humano dos norte-americanos. Aliás, ou as sociedades democráticas se viram para ter alguma proteção contra as ditaduras (e simpatizantes autocratas, eleitos ou não), ou retomam o outrora vibrante sistema educacional dos EUA.
Liberal por inteiro…mesmo - Acho que este trecho, da newsletter do Eli Vieira, diz tudo.
Tudo o que a diversidade humana pede em uma sociedade livre é que os indivíduos aprendam a ter tolerância. Ninguém tem o direito de exigir aceitação de ninguém, pois ninguém manda no coração de ninguém. As pessoas são livres para odiar, e querer criminalizar “discurso de ódio” é tirania e sonho de censura.
Direto deste texto.
Metas de inflação - Adolfo Sachsida tem um curto, mas importante texto no qual destaca a necessidade de se aperfeiçoar o sistema de metas de inflação sem a arrogância que sempre abre as portas para o fracasso facilmente...
Políticos que erram - David Friedman mostra que até mesmo a Reason, uma revista que sempre me pareceu mais honesta do que a média, andou espalhando informações erradas sobre alguns políticos (Sarah Palin).
Reason nem é o tema central. Nem Palin. O ponto é que políticos dos mais variados lados do espectro ideológico falam bobagens com alguma frequência.
Obviamente, se houvesse censura/controle social da mídia (por mim, governo, porque o ‘social’ é um rótulo convenientemente genérico), jamais saberíamos de algumas bobagens ditas.
Ou, como no Brasil, teríamos que pagar multas para políticos ignorantes porque, sabe como é, dependendo do político, a justiça está, na maioria das vezes, ao seu lado.
O texto está aqui.
Mapa - Não sei bem como usar esta nova base de dados do Charter Cities Institute. Fica para o leitor, caso tenha interesse no tema, o link.
Ler! - Ler o livro físico ou a versão digital?
Por hoje é só, pessoal e…até mais ler! (*)
(*) “até mais ler” foi plagiado do Orlando Tosetto, cuja newsletter, aliás, você deveria assinar.
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Talvez você seja novo por estas bandas. Rapidamente: publico geralmente às quartas. Eventualmente há algumas edições extraordinárias. Assinar (custo = R$ 0.00 + valor do seu tempo para apertar o botão subscribe com seu endereço de e-mail lá…) me ajuda bastante. A temática? De tudo um pouco. Confira os números anteriores aqui.
Ótima edição.
Sobre os momentos a serem lembrados para sempre, caro Shikida, seu texto inicial me fez lembrar o prof. Roberto Machado em "Proust e as artes". Cito: "...a impressão sensível é breve, efêmera, dura apenas alguns segundos; "essa contemplação, embora da eternidade, é fugidia"... a arte, só a arte, é capaz de propiciar uma verdadeira alegria de modo duradouro, permanente." (p.79).