O que a direita quer... - Mii e Momo - John Woo - Onda de frio - John Woo, Mii e Momo - Tirania - Mais gatos.
Já leu um conto do Monteiro Lobato hoje?
O v(5), n(28) da newsletter chega em ritmo de férias…digo, férias, ao menos, escolares. Mesmo que eu não seja mais um aluno, é fato que usufruo de um trânsito menos carregado nestas épocas do ano. Neste número da newsletter, confesso, os tópicos ficaram um pouco misturados…
O que a direita quer… - Não faço ideia do que a “direita” quer. Muito menos a “esquerda”. Nem sei se as pessoas só se dividem entre estes dois lados. Afinal, há também os “burros” e os “inteligentes”; os “pacifistas” e os “belicosos” etc. Conforme o discurso que justifica a censura - que é a regra atual do Brasil, como nos saudosos anos 70 - você escolhe as categorias em que deseja enquadrar uma pessoa, um discurso e aí manda ver no cala-a-boca.
Viva o SUS! Viva a democracia! Viva o terraplanismo (o meu, claro)!
Mii e Momo - Por estes dias assisti a um episódio do clássico anime de Reiji (ou Leiji) Matsumoto, Galaxy Express 999 que me tocou, pois é nele que o famoso mangaká homenageia seu falecido bichano, Mii kun (kun é apenas um indicativo de que o nome que o antecede se refere a um menino, a um rapaz, enfim, a alguém mais novo ou hierarquicamente inferior a você, do sexo masculino).
Na ocasião, Maetel e Tetsuro, a dupla de protagonistas chega a um planeta para o qual vão todos os animais domésticos mortos e há lá uma moça que, posteriormente, revela-se como a falecida gatinha que, quando viva, era forte como um gato, motivo pelo qual lhe deram o nome de Mii kun. É ela que se deu a missão de levar os falecidos animais domésticos para o tal planeta.
Como um jovem assistiria a esta série? O pessoal de hoje não aguenta nem lidar com a morte em desenho animado, ou com uma violência básica. Não, os floquinhos de neve de hoje apoiam até a censura porque não podem “ouvir certas coisas”. Uma pena, é uma geração de covardes, inúteis e, adicionalmente, com um QI menor. Falo no geral, claro. Exceções existem, mas, como o nome diz, são exceções.
De todo modo, eis aí porque o rapaz do meu casal de bichanos se chama Mii (Mii kun). Eu quis homenagear o personagem que, como já relatei aqui, em número anterior, aparece em vários trabalhos de Matsumoto.
John Woo - Um documentário não tão novo sobre o grande diretor de filmes de ação. Eu me pergunto como seria um filme sobre Mii e Momo sob a direção de Woo…
Onda de frio - O bom da onda de frio é que, além de não suar muito, a gente vê o pessoal mais bem vestido, certo? Mais ou menos. Em minha caminhada matinal topei com umas figuras bizarras, com camisa e blusa de frio, calça comprida…e sandálias Havaianas. Honestamente, né?
Quem quer me convencer de que está tão frio que você precisa sair pela rua quase descalço? Respeito o seu direito de andar de Havaianas por aí, mas que é uma abominação, é. Ponto final.
Agora, o bom do frio é que cada refeição parece satisfazer mais. Pelo menos, comigo, é assim.
John Woo, Mii e Momo - Pedi à IA para gerar uma imagem (falei disso logo ali acima, né?) e eis que adorável!
Tirania - Tem autoritário achando que 250 milhões de pessoas não podem ter o direito de falar o que querem, sem censura. Só pode falar o que quer um ou outro iluminado que não pode nem sequer ter seu cargo tratado na Reforma da Previdência que já fala em golpe, fascismo etc.
Gente assim morrerá rica, enterrada em mausoléus chiques, é verdade. Só que, como todos nós, será transformada em alimento de larvas. Alimento, creio, até saboroso, já que em sua vida privilegiada, esta gente tinha acesso a frutas e carnes que um brasileiro comum raramente vê em sua mesa.
São nobres até a sete palmos de terra…mas não são nada diferentes de nós. O sangue é vermelho e o corpo irá virar pó tal e qual acontece comigo, com você, com o porteiro do prédio, o policial, o traficante e o padeiro etc.
Tirania…que belo nome para o que lhe é oposto! As aulas de língua portuguesa foram tão achincalhadas que agora chamamos homens de mulheres, flores de baratas, baratas de santos, demônios de anjos e políticos ladrões de gente honesta. Talvez, pensando bem, não sejam só as aulas de língua portuguesa…
Mais gatos - Uma pessoa muito querida está preocupadíssima com a saúde de sua bichana. Sei a angústia que é isso. Mesmo que não sejam seres humanos, desenvolvemos laços afetivos com estes animais domesticados. Não me esqueço do papagaio do meu avô que, após sua morte, saía pela casa chamando-o pelo nome até morrer, creio, de tristeza.
Os animais nos trazem, de fato, o conforto do afeto e do carinho, ainda que as espécies sejam tão distintas. Ao mesmo tempo, em alguns de nós, surge uma melancolia intensa, como se faltasse algo em nossas vidas. Não sei bem explicar (e nenhum psicanalista, psicólogo ou torcedor do Botafogo saberá), só sei que é algo que observo em algumas pessoas.
Talvez seja porque, ainda assim, gostamos de (algumas) pessoas e gostaríamos de criar uma história junto a elas, mas nem sempre podemos. Ou talvez seja porque tememos pela nossa finitude e pelas deles. Ou talvez…, ah, deixa para lá. Daqui a pouco a Momo irá me procurar querendo colo. Ou brincar. Ou comida…não, isto não que já comeram demais hoje.
No final, eu só peço ao leitor que reze (ou ore, ou tenha pensamentos positivos, enfim…) pela bichana da minha amiga. Elas merecem uma boa corrente de pensamentos positivos.
Até mais ler!
(*) “até mais ler” foi plagiado do Orlando Tosetto, cuja newsletter, aliás, você deveria assinar.
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