O intelectual independente - Dicas de filmes - Elib - Dez novas cidades dos EUA - Charter Cities e a Imortalidade - A Tragédia dos Comuns - Tecno-Otimismo
Não, Elon Musk não faz pastel com frango.
Eis o v(5), n(4) chegou, ainda em ritmo de começo de ano. Com pouco tempo ainda, mas espero que a leitura lhe agrade.
O intelectual independente - Tanto David Friedman quanto Ricardo de Carvalho têm tentado pensar em como ‘intelectuais’ (ok, odeio o termo, poderíamos falar em ‘pensadores’, mas todos pensam…leitor, escolha o rótulo que mais lhe agrade, sim?) poderiam ter uma atuação mais, digamos assim, coerente com a busca da verdade.
Vale a pena dar prosseguimento a esta reflexão porque está cada dia mais claro que o relevante na produção de conhecimento não é o que as instituições acadêmicas - públicas e privadas - têm conseguido fazer. Obviamente, há exceções, mas a liberdade de pensamento está longe de ser garantida, ao menos no Brasil que, cada vez mais, segue por um caminho educacional teimosamente único e que não nos dá nem boas colocações em exames internacionais.
Obviamente, exames internacionais não são a única - e nem são, necessariamente, a melhor - forma de medir o avanço do conhecimento. Poderíamos falar de número de prêmios Nobel, mas estes também não contemplam todos os aspectos do conhecimento.
Sim, eu sei que livres-pensadores por aí, soltos, sem nenhum controle estatal, podem ter idéias esquisitas mas, também é verdade que pensadores sob controle estatal têm ideias muito estranhas. O fato é que não faz sentido criar limites à liberdade de expressão, como se isto fosse, digamos, evitar um Luiz da Silva, por exemplo, de inventar o fascismo. Não é preciso ler muito (mas, sim, seria bom ler um pouco antes de palpitar…) para entender que a criatividade humana não está concentrada neste ou naquele sujeito.
Bem, você então irá me dizer que é preciso controlar tudo, já que as informações são dispersas de modo bem complexo, pela sociedade em que vivemos. Se assim o é, como é que você pensa em construir um sistema de intervenção estatal perfeito? Você também está sujeito à mesma dispersão de idéias, informações que todos os outros, certo?
Enfim, eis aí os textos para você pensar nestes temas.
Dicas de filmes - Assisti, no fim de semana, dois filmes. Um no cinema e outro no YT. O primeiro, Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa, é um filme repúblicofederativense e não é tão bom quanto os dois anteriores da Turma da Mônica, mas diverte. Um clássico dos roteiros infantis: empresário rent-seeker quer asfaltar a Vila da Abobrinha de forma ineficiente e crianças (que poderiam pedir pelo asfalto de forma eficiente) fazem de tudo para impedí-lo. Nota 7.
Por outro lado, Lee Majors, em filme norte-americano de 1979, Steel, é uma celebração da vontade humana. Um empreiteiro está construindo um prédio, mas morre. Sua filha, vivida pela atriz Jennifer O’Neill (sim, ela nasceu no Brasil, procure na Wikipedia que informa, ou seja, a em língua inglesa), é confrontada por um sindicalista inescrupuloso que deseja cobrar mais para lhe entregar as vigas de aço e ela contrata o caminhoneiro vivido por Lee Majors. Este monta uma equipe (clássico dos roteiros norte-americanos) para finalizar o prédio.
Elib - O grupo de pesquisas “Estado e Liberdade” (ELIB) tem página própria. Sediado na Fundação João Pinheiro, think tank do governo de Minas Gerais, o ELIB tem pesquisadores da própria fundação e fora dela. Já há, inclusive, a chamada de trabalhos para o Seminário “Lei Brasileira de Liberdade Econômica: um Balanço dos Seis Primeiros Anos”.
Dez Novas Cidades dos EUA - Tomas Pueyo está publicando sobre cada uma delas, em sua newsletter. A última é Salton City.
Charter Cities e a Imortalidade - Há planos para avançar pesquisas que possam aumentar a longevidade humana. É uma das promessas do ecossistema de charter cities. Desta vez é Infinita City, dentro de Vitalia, em Honduras.
A Tragédia dos Comuns - A Starbucks, ao menos nos EUA, está tentando resolver o problema dos comuns que ela mesmo criou (não intencionalmente, claro) para si.
Tecno-otimismo - Assista Marc Andreessen entrevistado no ótimo Uncommon Knowledge.
Até mais ler!
(*) “até mais ler” foi plagiado do Orlando Tosetto, cuja newsletter, aliás, você deveria assinar.
Caso queira compartilhar, clique no botão abaixo.
Talvez você seja novo por estas bandas. Rapidamente: publico geralmente às quartas. Eventualmente há algumas edições extraordinárias. Assinar (custo = R$ 0.00 + valor do seu tempo para apertar o botão subscribe com seu endereço de e-mail lá…) me ajuda bastante. A temática? De tudo um pouco. Confira os números anteriores aqui.
Muito obrigado por me citar! Aliás, entre aqueles ques estão preocupados em criar alternativas às universidades (sem, contudo, negá-las, muito pelo contrário), estão justamente alguns nomes mais ou menos ligados ao anarcocapitalismo, como o Friedman, justamente pela questão de melhorar o nível do fluxo de informação.