O futebol não é a primeira preferência nacional (em 1958)? O Super Sassânida. O Comitê Bananérico da Varíola do Miquinho. F.E.A.R. e o Homem Pássaro.
Quem mexeu na minha algibeira?
Chegou o v(2), n(45) da newsletter e as pessoas continuam tensas no trânsito.
Oliver Onody e as Preferências do Brasileiro - Um dos livros mais pitorescos que já li (adquiri um exemplar no sebo, recentemente). Já o mencionei aqui, outro dia. Volto a ele porque, honestamente, não consigo entender como o futebol não é o primeiro da lista, na opinião de Oliver Onody.
Aliás, ele parece seguir um tom bem Vebleniano nas queixas. De onde tirou este ranking de preferências? Como vários estudos da época, é um misto de wishful thinking com cherry picking de evidências que lhe são favoráveis.
Divertido imaginar o Brasil não sendo o país do futebol, claro. O livro estuda a inflação até 1958, o que me leva a crer que, possivelmente, ele não vibrou muito com a primeira visita do país ao palácio da Jules Rimet, ou talvez ele esteja certo e o Brasil ainda não era o país do futebol…
Super Sassânida - Passando pelo verbete da Wikipedia, não posso deixar de comentar: muito bonito o brasão dos persas. Ao vê-lo, imagino um super-herói persa, o Super Sassânida, com poderes persas (sic) lutando contra o temível Barão Islâmico, pelos direitos das mulheres não serem obrigadas a se submeterem aos caprichos de malvados machistas não-persas (sobre os machistas persas ele seria ambíguo).
Sua identidade secreta seria Khoresh-e Ghormeh Sabzi, um poeta e responsável, na Penguin Books, pela tradução e publicação de obras clássicas da literatura persa no Reino Unido. Seus pais teriam-no encontrado à beira da estrada, enrolado em um tapete voador, numa noite e, não tendo filhos, amariam-no como a um.
Ainda criança, Khoresh-e manifestaria seus poderes, prudentemente disfarçados pelos pais, que o criariam quase em isolamento (e sob homeschooling). Adolescente, e ciente de suas (super)idiossincrasias, Khoresh-e transformaria o tapete no qual fora encontrado em seu uniforme de herói.
O Super Sassânida teria, no peito, o brasão do império. Voaria, teria visão de raio-X, de calor e sopro congelante. Perderia seus poderes diante da exposição prolongada a campos de petróleo.
Seus feitos heróicos seriam contados em livros infantis e literatura de cordel.
Comitê d’a baríola do miquinho - Io, Juó Bananére, gandidatumu a presidente du Brasile, declaro formado o Comitê Bananérico du Combate à Baríola du Miquinho. U distintto comitê terá:
Pipoca, d’o ‘stabelecimento ‘Padaria do Pipoca’, amigo de Dotôre Paligna, investigativo;
O próprio Dotôre;
Luigi Marmoto, dono de una Panela molto grande;
Ari Araugyo Gyunior, professore d’a Economia Nazionale;
Anselmo Quésti, parente du Johnny Quésti e dono de podquésti;
Luccas Mafaldo, signore concretamente perdido.
Eh, esto comitê é plenipotenciári pr’a tomá as decisó molto relevantti pr’u combati d’a enphermidade du miquinho. E viva a saúde du Brasile! E viva Juó Bananére!
#juobananerepresidente
O medo - Quem nunca sentiu? Já a F.E.A.R. , esta sim, uma organização que metia medo, aparecia muito no desenho do Homem-Pássaro e, para minha surpresa, parece que ninguém nunca disse o que significava o acrônimo. Segue um mistério, pelo menos para mim.
Sobre o desenho do Homem Pássaro, puxa, assisti muito. Mais sobre o show aqui.
RSS Feed - Eu também tenho saudade do RSS Feed (e não há substitutos à altura), mas não sou tão pessimista quanto à compra do Twitter por Elon Musk. Entretanto, não tenho argumentos. É só uma sensação mesmo. Aliás, assinei a newsletter.
Os rins de Garaicochea - Um conto divertidíssimo, direto do Bananistão.
Klaxon - Klaxon é klaxista.
Denegrir - Pedro Sette Câmara, concorda que o que inventaram sobre o ‘denegrir’ é errado, mas também acha que se perde uma chance de se discutir seriamente o triste legado da escravidão. Como sempre, Pedro merece ser lido pelos liberais e conservadores. Não só lido, como compreendido.
Bryan Caplan tem um bom ponto - Quem já frequentou os bancos universitários poderá admirar o texto. Principalmente se estudou Economia.
Propaganda gratuita: econometria aplicada com Pedro H.C. Sant’Anna - Nem preciso dizer muito, né? Os avanços da econometria aplicada são parte da carreira do Pedro. Recomendo!
Conjuntura Econômica - Alexandre Schwartsman bate um papo sobre conjuntura econômica com a platéia. No final, uma grande frase: a ‘teoria monetária moderna’ não é teoria, não é monetária e não é moderna.
Gótico Americano - Well…
Por hoje é só, pessoal e…até mais ler!
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