Não é bem assim - Férias escolares - Trump - Liberdade para Trabalhar - Charter Cities - Encouraçado Espacial Yamato - Cenas do próximo capítulo
O preço da desonra será pago em xícaras de café de uma prensa francesa. Ou é isto, ou é a morte. Escolha, Django!
Eis o v(4), n(29) desta newsletter que chega como um ‘soco na barriga’, de preferência, na sua porque a minha já está bem machucada.
Não é bem assim - Napoleão e Rita sempre discutiam sobre a realidade brasileira durante o almoço e não seria diferente naquela terça-feira.
“- Olha, os norte-americanos, os japoneses, os europeus, todos têm investido na qualidade de ensino, com remunerações distintas conforme a qualidade do professor. A gente podia fazer isso aqui no Brasil, né, Rita?
- Ah, Napoleão, lá vem você querendo importar estas coisas…no Brasil é diferente!
- Você não disse isso quando ajudou a divulgar a modinha do ‘politicamente correto’ que seus amigos trouxeram, ipsis literis, dos EUA.
- Isto não vem ao caso, é diferente, Napoleão.
- Sei, diferente só para seus amigos poderem trazerem o que querem, né?
- Veja o caso do Brasil, Napoleão. Aqui é muito complexo.
- E o resto do mundo é simples?
- Veja, a educação aqui é um problema muito diferente da realidade destes países. Temos a violência, por exemplo. E a desigualdade, claro, você não pode ignorá-la. Sem falar que a cultura local é outra, Napoleão. As pessoas não gostam de remunerações variáveis. Professor brasileiro ensina por vocação, não se importam com dinheiro.
- É, notei que não entraram em greve nos últimos 20 anos…
- Não seja irônico, Napoleão.
- Rita, você tá se ouvindo?
- Tô e não entendo porque você insiste. Esse negócio teria que ser adaptado no Brasil. Por exemplo, teríamos que ter leis regulamentando essa remuneração diferente porque há muita desigualdade entre homens e mulheres e entre raças também.
- Já parou para pensar que tentar diminuir a primeira pode aumentar a segunda e vice-versa?
- Besteira. Isso aí é matemática arcaica. Todo mundo sabe que é uma questão social, não de números frios…
-…você não costuma achar seu contracheque uma geladeira, Rita. Aliás, não era você que se queixava de fazer melhor o mesmo trabalho da Ruth e ganhar menos?
- Isso é diferente, Napoleão. Eu mereço mesmo. Ela é muito preguiçosa!
- Mas e a desigualda…?
- Isso é mais complexo, Napoleão. Não dá para enquadrar em categorias importadas.
- Ué, mas o politicamente correto…
- Mas aí é mais amplo, Napoleão. Não vejo problema…
- É, tô vendo. Vai comer este pedaço da coxa de frango ou posso pegar?”
FIM, mas Napoleão e Rita continuam por aí, encarnados em vários conhecidos meus (e seus).
Férias escolares - Faz algum frio nestes dias de julho, mas o sol está por aí, todo pimpão, é verdade. Até aí, nada demais. O estranho é o silêncio nas ruas. Não há um único menino, uma única menina, andando com uma mochila nas costas em direção à escola.
Eu sei que a escola tem todos aqueles problemas, mas ainda acho que existem crianças que usam-na para praticar sua criatividade e soltar sua imaginação. Lembro-me de uma vez em que visitei uma escolinha e a menina levou-me pelo braço para mostrar um pedaço de papel pendurado (em uma corda? Já não me lembro…) que fazia parte de uma fileira de pedaços de papel similares. Sim, ela queria me mostrar seu desenho.
Desenhos de crianças - principalmente quando ainda são crianças…eu diria…até uns 10 anos - têm este encanto sobre os adultos e, mais especialmente, nos parentes. Resultado de uma mistura nem sempre feliz de experiências e imaginação, tais desenhos são únicos. À medida que a criança cresce, os traços tornam-se mais firmes e bem definidos. Os mais talentosos se sobressaem, mas, olha, todos os desenhos são interessantes.
Só que, com as férias, tudo isto parece estar em um estado de suspensão. Crianças estão em colônias, viagens ou na casa dos avós. Quando eu era criança, não viajávamos nas férias. A única viagem era para a casa da minha avó paterna, no final do ano. Sou um dos belorizontinos que não conheceu a praia de Guarapari (mas conheci Vitória, muitos anos depois, em uma ou duas visitas rápidas).
Saindo às ruas com um pouco mais de tempo, claro, vê-se uma ou outra criança com os pais ou com a babá nos parques e nos shoppings. Fico sempre pensando se elas estão felizes, se seus pais são bons ou se têm cachorros ou gatos. Ninguém é perfeito, mas as crianças são mais inocentes do que nós, mesmo com suas imperfeições. Inocência que se perderá com o crescimento. Talvez seja esta uma das tais ‘dores do crescimento’.
Trump - Vários portais das big media brasileiros conseguiram meter os pés pelas mãos ao noticiarem o ataque da extrema-esquerda norte-americana ao candidato Donald Trump. Você não precisa gostar dele para ver que nossos jornalistas abandonaram o bom senso por conta de paixões ideológicas (e, claro, também porque amam um capilé na conta) há um bom tempo. Fica óbvio, para mim, que a crise de credibilidade que caracteriza a big media brasileira tem só uma culpada: ela mesma.
As reações, nas redes sociais, por sua vez, mostram que a extrema-esquerda brasileira se traveste de centro-esquerda no cotidiano, mas celebra - e até incentiva, em alguns casos - a morte de quem dela discorda e tudo isso sob os narizes dos supostos defensores da democracia no meio jurídico. Aliás, não é curioso que só existam pichações como “Palestina e Hamas pela liberdade” ou “Morte aos fascistas”? Procure um “Israel tem o direito de existir” ou “Morte aos comunistas” por aí. Não existem porque, na prática, não se promove o pluralismo de idéias (sim, com acento) ou a tolerância às diferenças. Estamos chegando a um ponto em que isto se converterá em violência pura e simples, como querem aqueles que promovem esta unilateralidade.
Liberdade Para Trabalhar - A Lei de Liberdade Econômica avançou em Goiás. Ótima notícia, não?
Um ponto importante para quem deseja avançar a liberdade econômica em seu município ou estado é que a classificação das atividades de baixo risco seja feita de maneira séria e cuidadosa. Os inimigos da liberdade estão por aí e, como diz a antiga frase, o preço da liberdade é a eterna vigilância.
Charter Cities - Eis que falei novamente sobre o tema, para o portal imulher.
Encouraçado Espacial Yamato - Vem coisa boa aí…mais uma releitura. O chato de se divulgar isto é que 99% dos fãs brasileiros da série jamais viram mais do que as temporadas II e III. Nada dos filmes para TV e/ou cinema e só agora, com a tecnologia, conseguem assistir as releituras que, se por um lado são bem interessantes, por outro, são muito diferentes das histórias originais.
Em resumo: só quem assistiu a toda a epopéia (com acento!) original consegue apreciar profundamente (ou não) as modificações que estas releituras têm feito. Não que isto atrapalhe a diversão. É só que ela fica mais superficial.
Cenas do próximo capítulo - Devo conhecer o Polzonoff pessoalmente, em breve. Também devo passar uns dias descansando, mas manterei o compromisso de nosso encontro semanal. Aguardem!
Por hoje é só, pessoal e…até mais ler! (*)
(*) “até mais ler” foi plagiado do Orlando Tosetto, cuja newsletter, aliás, você deveria assinar.
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Talvez você seja novo por estas bandas. Rapidamente: publico geralmente às quartas. Eventualmente há algumas edições extraordinárias. Assinar (custo = R$ 0.00 + valor do seu tempo para apertar o botão subscribe com seu endereço de e-mail lá…) me ajuda bastante. A temática? De tudo um pouco. Confira os números anteriores aqui.
Viva Goiás e viva a Liberdade!