Mii kun, Momo chan e eu - Detetives - INSS - Jornalismo - O tempo é o senhor da ignorância - Papa - Leite e Palhinha - Apaguem!
Faz o L....de Leão XIV!
O v(5), n(21) da newsletter traz novidades, claro. Talvez as mais significativas dos últimos tempos, para mim.
Mii kun, Momo chan e eu - No domingo último, 11/05/2025, chegaram em minha residência dois novos integrantes: Mii kun e Momo chan ou, simplesmente, Mii e Momo. Filhotes felinos (frajolas, ou, como se diz em inglês, tuxedo cats), com aproximadamente três meses, completaram uma semana neste último domingo.
Seus nomes? Mii em homenagem ao gato de Reiji Matsumoto (eternizado como personagem em diversos mangás e animes seus). Você pode vê-lo aqui. Momo chan porque precisei de um nome para ela pois, até a vinda do veterinário, pensávamos todos que Momo era macho (e, por isto, iria se chamar Paa kun porque este foi o nome que me veio à mente ao ver as fotos dos dois).
Ao longo da primeira semana percebi que, aos poucos, Mii se tornou menos de correria e mais de colo (é, ele pede colo. Neste exato momento está em minhas pernas). Afável e sem problemas com estranhos, é o companheiro no trabalho ou no lazer.
Momo, por sua vez, é desconfiada e adora brincar. Incansável, perturba-nos sempre com seus chamados e, quando não a atendemos - nem eu, nem Mii - brinca sozinha com as bolinhas, a caixa de papelão etc. Neste exato momento passou pela porta do escritório com a bolinha de borracha amarela na boca. Ela e Mii, aliás, parecem gostar bastante de futebol. Neste outro exato momento, Momo veio ao escritório com a bolinha e está brincando ao nosso lado. Não demorará muito, sairá correndo pela casa.
São apenas sete dias - hoje, domingo - com eles. Mii, ontem, ficou muito calmo, dormindo o tempo todo. Mal brincou. Hoje, pela manhã, a mesma coisa. Verifiquei que não parou de comer, mas não anda brincando muito com Momo. Possivelmente, é porque estou em casa mais tempo no final de semana e ele a troque por meus afagos. Vai saber. Só espero que não seja nenhum problema de saúde… (não era!)
Detetives - Agora que já escrevi um caso para o detetive Leite, preciso terminar o A morte no envelope e me concentrar em elaborar um novo mistério. Sim, não sou lá um escritor talentoso, mas o importante é não parar de escrever, ensinou-me o sábio Alexandre Soares Silva um dia (para a (in)felicidade dos assinantes).
INSS - O que dizer? Maltratar crianças e idosos deveria dar prisão perpétua, mas esta só vale para quem ameaça a aposentadoria de membros do Judiciário (não duvide: logo aprovarão a perpétua para quem chamar juiz corrupto ou parcial de…corrupto ou parcial).
Jornalismo - Não queria falar sobre isto, mas cada vez que me mostram trechos de programas jornalísticos da big media (esta, que supostamente compra ou convence políticos e juízes para censurar as big tech), sinto saudades da TV dos anos 80-90. Os comentaristas de hoje jamais teriam emprego nas redes da época. Talvez, apenas, os repórteres, que batalham por pautas no dia a dia, mesmo que busquem apenas confirmar seus vieses ao invés de realmente tentarem expor diversas opiniões.
O tempo é o senhor da ignorância - Já se passaram mais de 100 dias e ninguém mais se escandaliza, condena à morte ou brada palavras de ordem contra Trump ou mesmo contra os cúmplices do escândalo envolvendo o INSS. Ouvi isto uma vez, mas se aplica aqui: o povo engajado é igual a um monte de porcos em um caminhão. No início, guincham bastante, mas com o início do movimento do caminhão, logo se acomodam e ficam quietos.
Este, meu amigo assinante, é o brasileiro médio nas redes sociais, ou nas conversas com colegas e amigos.
Alguém deveria medir o tempo médio de duração da indignação do brasileiro médio em relação às notícias ou boatos que recebe. Certamente alguém já o fez.
Papa - O novo Papa provoca alguma celeuma entre grupos de pessoas que acham que a Igreja deveria se adaptar ao seu próprio umbigo e não o contrário. Gente, é só mudar de religião. Você não pede para o Vasco virar o Flamengo. Você torce para o Vasco ou para o Flamengo (ou Botafogo, Fluminense etc.). Este pessoal que pensa que a Igreja deveria se açoitar até virar um DCE de federal ou um diretório de partido político da extrema-esquerda sabe que a exigência é descabida. Só não tem coragem de tomar a atitude correta. Ou enxergam a religião apenas como espaço a ser ocupado…
Você não precisa ser católico para pensar corretamente sobre o papel das instituições no mundo.
Leite e Palhinha - O céu de domingo tinha um sol visível, mas a ventania não permitia a ninguém uma sensação térmica acima dos 23 graus. Uma exceção, claro, era a padaria do Pipoca, na qual nosso conhecido Dr. Palhinha pratica seu ritual quase diário de tomar um café e comer um pão de sal com queijo e ovo frito, ou com linguiça e alface ou, em dias próximos do final do mês, um tradicional pão com manteiga na chapa.
Ainda com poucos clientes naquela manhã, Dr. Palhinha pôde escolher a mesa ao fundo, próxima à janela que dava para o muro da construção vizinha. Sentiu o calor da xícara com as mãos e apreciou o cheiro do café barato passado no coador pelo sempre econômico Pipoca. O pão de sal, naquela manhã, estava particularmente crocante.
Alguns guardanapos de papel depois, entrou na padaria o Detetive Leite. O aceno de mão de Palhinha chamou sua atenção. Respondeu com um sorriso enquanto fazia o pedido para Pipoca. Caminhou até a mesa, pediu licença e sentou-se.
“- Doutor Palhinha, há quanto tempo espero por este encontro!
- Detetive Leite! Ara, o senhor é famoso e não é só aqui em Taubaté!
- Agradeço pela gentileza, mas o senhor também é muito famoso!
- Fazia tempo que precisava encontrá o dotô. Posso chamar o sinhô de Leite?
- Quem pediu leite?
- Ei, Pipoca, não fala bobagem, ômi! O nome do amigo aqui é Leite, Detetive Leite!
- Oh, desculpem-me.”
A conversa seguiu animada entre os dois investigadores que, até então, viviam separadamente no tempo e nas estantes. Doutor Palhinha, um homem deste século, criado por Alexandre Soares Silva, resolvendo casos usando preconceitos e estereótipos, para o desespero dos neomaoístas e outras pessoas igualmente intolerantes e; Detetive Leite, personagem criada por Luiz Lopes Coelho em 1957, com caracterização, na minha opinião, que até lembra o Detetive Columbo.
O detetive Leite aprovou o pão com linguiça da padaria do Pipoca, o que acabou gerando uma generosa gorjeta quando do fechamento de sua conta. Começava, ali, uma grande amizade. Que novas aventuras podem surgir dali ainda é algo a ser…investigado.
Apaguem! - Fez coisa feia, viu que não seria unanimidade…solução? Lidar com o erro ou pedir para apagarem-no? Para muitos, a segunda opção é a escolhida. Você pode jogar sua vergonha para debaixo do tapete, mas esta não será a solução, apenas uma forma de se enganar. Às vezes as pessoas se enganam por anos, às vezes não mais que uns dias. Sabendo disto, buscam, à todo custo (mesmo) a aprovação dos pares, sem muito respeito à lógica ou aos fatos.
No dia seguinte, contudo, a vergonha estará lá, debaixo do tapete, rindo de você. É a vida…
Até mais ler!
(*) “até mais ler” foi plagiado do Orlando Tosetto, cuja newsletter, aliás, você deveria assinar.
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