Meu 1o de Junho - A falta de educação - Husbands - Quem me ensinou a navegar - Lei Magnitsky
Marinheiroooo!
Apesar da semana passada ter sido péssima, sobrevivi e eis o v(5), n(23). Sim, foi péssima, mas tivemos bons momentos. Poucos, mas bons. Destes que valem a pena, pelo menos, para você desejar viver mais um pouco. E você? Continua vivo? Espero que sim.
p.s. peço desculpas pelo atraso. Estou com alguns problemas que me consomem. Não acontecerá novamente.
Meu 1o de Junho - Chegamos ao mês de junho e eu me pergunto: por que o dia 1o de junho não é o dia de alguém ou de alguma coisa? Afinal, o famoso 1o de maio está aí para comemorar o fato de que você é obrigado, pela dobradinha STF/PDT, a dar - dar mesmo - um dia de seu salário para sindicatos, mesmo que não seja filiado.
Pois bem, o dia 1o de junho poderia ser um dia especial. Pelos cálculos do pessoal do Dia da Liberdade do Imposto (um cálculo simples, aliás), neste ano, o tal dia foi 29 de maio e o que fizeram? Resolveram comemorar com umas promoções que não têm nada a ver com impostos (a Duquesa de Tax falou sobre isso). A data poderia ter sido adiada para o dia 1o de junho. Por quê? Porque, os adultos da sala sabem, dia 30 foi o prazo final para o pagamento do imposto de renda com as tabelas defasadas que ninguém nunca contesta porque afinal, quem é que vai pagar pelos salários dos concursados?
É, eu teria mudado a data. 1o de junho seria uma escolha mais simbólica.
p.s. nenhum juiz, político ou servidor público foi ferido ou morto durante a confecção deste comentário. Corrupção vendida separadamente. Imagens públicas meramente ilustrativas: o real conteúdo pode variar.
A falta de educação - Faz mesmo falta esta tal de educação e não falo só pela falta de conhecimento que o exame PISA (que um ex-ministro, atualmente conselheiro em alguma estatal, disse ser um exame “estrangeiro”, tentando dizer que não servia para mensurar os inevitáveis avanços da educação brasileira segundo sua mente $agaz).
Na verdade, a falta de educação é maior do que a falta de ensino técnico. Usamos ‘educação’ em ambos os sentidos, mas não saímos por aí dizendo que um estudante é mal educado quando ele erra uma conta de multiplicação (embora, veja, esta não seja uma idéia tão ruim assim…).
O brasileiro (o médio, o mediano, aliás, todos os brasileiros, sem exceções) da geração Z tem encontrado dificuldades no uso do conhecimento. É só observar o comportamento de um aluno em sala de aula (a geração sei-lá-o-quê, que vem depois da Z não fica melhor…). As dificuldades vão desde a interpretação das instruções mais básicas (“escreva seu nome completo”) até as mais complexas. De quem é a culpa?
Os pais dizem que estão muito ocupados trabalhando e consumindo cultura ou ativismo político para educarem seus filhos e que já pagam para isto e, no caso de pais concursados com OAB em dia, os filhos devem ser adulados, não repreendidos porque, caso contrário, a escola receberá um processo.
Os professores do colégio dizem que também não é culpa deles porque educar é papel dos pais e eles já ganham pouco (lembram do sindicato?). Além disso, não têm culpa se os políticos e burocratas mudaram o Plano Nacional de Ensino e se estão mandando passar todo mundo de ano. Isto sem falar nas displicentes pedagogas do ensino básico que não fizeram seu trabalho direito.
As tias do maternal, por fim, afirmam que seguiram os métodos de alfabetização geniais que só o Brasil foi capaz de inventar e que, como tinham que trabalhar muito para poderem viajar para a Disney nas férias e que outra parte do seu tempo era gasta em atividades sindicais, em protesto contra os baixos salários, não sobrava tempo para dar aulas em várias escolas, o que, assim, desanimou-as todas de ensinar direito. A culpa, pois, só pode ser dos pequenos.
Os pequenos, por sua vez, só querem brincar, mas como os pais não têm tempo, optam pelo caminho mais curto e, assim, eles ganham celulares cheios de opções, brincadeiras e anúncios de sexo pago e cervejas, o que já lhes constrói o caráter para que, no futuro, sejam bons professores, juízes, economistas, médicos ou mesmo CEOs.
É mesmo uma falta de educação!
p.s. idéia, aqui, vem com acento e quem discorda é fascista ou não é especialista na área e não pode comentar porque…porque…porque eu quero.
Husbands - O filme Husbands é de 1970. Assistindo a um documentário sobre a vida de Peter Falk cheguei a este filme que assisti com legendas na plataforma mais popular de vídeos. Foi estrelado por Peter Falk, Ben Gazzara e John Cassavetes (que também o dirige). Três astros, pois (afinal, um ‘astro’ ‘estrela’, né?).
A história do filme é até simples: um dos quatro amigos de infância morre e, a partir daí, os outros três saem pelas ruas de New York bebendo, jogando basquete, andando de metrô e, finalmente, viajam para Londres, onde buscam aventuras amorosas (todos têm casamentos mais ou menos em crise). Tudo se passa em 2 horas e 20 minutos em um ritmo que somente aqueles com maturidade para assistir um filme com temas tão sensíveis (e que só significam algo, mesmo, para quem tem mais de 40 anos, sejamos sinceros).
É lento? É. Vale a pena? Vale. A atuação dos três atores principais é maravilhosa. Assista você também.
Quem me ensinou a navegar? - Joseph Conrad confessa seu amor pelos marinheiros? É, é isso mesmo.
“É seguro afirmar que ao longo dos últimos quatro anos os marinheiros da Grã-Bretanha fizeram um bom trabalho. Quero com isso dizer que todo e qualquer ser humano classificado como marinheiro, despenseiro, moço de bordo, foguista, eletricista, imediato, capitão, mecânico, ou qualquer das inúmeras patentes da Marinha, da mais baixa até a de Almirante, fizeram um bom trabalho. Não digo maravilhosamente bom, ou milagrosamente bom, ou espantosamente bom, ou mesmo muito bom, porque estas expressões são simples exageros de mentes indisciplinadas. Não nego que um homem possa ser uma criatura maravilhosa, mas é improvável que se descubra isto durante a sua vida, e mesmo após a sua morte isto nem sempre acontece. A maravilha do homem é algo oculto, pois os segredos do seu coração não podem ser lidos por seus semelhantes”. [Bom Trabalho - 1918, em: Notas Sobre a Vida e as Letras, 2020, Editora Danúbio, p.159]
É, Joseph Conrad adorava marinheiros. ^_^
Lei Magnitsky - A big media (maior interessada em regular as big tech, depois da extrema-esquerda que censura e corta falas vergonhosas dos seus) anda desinformando sobre a legislação norte-americana, motivo pelo qual deixo aqui o verbete mais neutro possível sobre o tema que é o da Wikipedia anglo-saxã.
Até mais ler!
(*) “até mais ler” foi plagiado do Orlando Tosetto, cuja newsletter, aliás, você deveria assinar.
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