Livros - Anos 70, 80 e 90 - Vozes Comunica - Memória reativada.
Esgota-se o tempo e o sorvete só derrete.
O v(4), n(22) desta confirma: você vive sob uma ditadura. Ficou chocada? Chocado? Escandalizou-se? Deixa de ser afrescalhado, pega o café e vamos ao que interessa.
Livros - No vôo de terça - é, tenho um vôo na terça - devo retomar a leitura do último livro do Alexandre Soares Silva. Quando você ler isto, já terei avançado alguns capítulos (você sabe qual é, né?).
Comprei e li muito rapidamente o Vire à direita. Siga em frente, do Luiz Felipe D’Avila. Concorde ou não com o autor, ele tem um ponto válido. Ainda mais neste momento, em que as pessoas não sabem nem mais o que é esquerda ou direita - e isto inclui ONGs, veículos de comunicação, professores (universitários ou não), padres etc. Eis a virtude do livro: marcar a posição da direita não extremista. Ele propõe uma agenda mínima para o país. Uma agenda que, potencialmente, une, creio, sensatos à direita. No mínimo há lá um ponto de partida.
Também comecei a ler o TV Tupi - do tamanho do Brasil, edição de 2022, consideravelmente ampliada, dos Elmo Francfort e Maurício Viel. É divertido ver como a sociedade brasileira já foi mais castigada por restrições às importações do que atualmente (e olha que estamos em franco retrocesso!). Em determinado momento, a Rádio Televisão Paulista, concorrente da Tupi, fecha um contrato com uma fornecedora norte-americana para adquirir equipamentos…cuja licença de importação (sim, isto existia, leitor(a) jovem) emitida pela CEXIM (Carteira de Exportação e Importação do Banco do Brasil) foi emitida após 10 (dez!!) meses! É um bom livro para se conhecer a história da big media.
Em breve, complementarei a leitura do livro mencionado com o História da Televisão no Brasil - do início aos dias de hoje, de na Paula Goulart Ribeiro, Igor Sacramento e Marco Roxo. Está na estante.
Dois livros de fácil leitura que já estão na estante são Jûsan’nin Isshû (Treze poemas do Ogura Hyakunin Isshû), prefaciado por Márcia Namekata e traduzido por Vladine Barros e O som do chá, de Giorgia Vittori Pires, ambos da editora Urso. Sim, eu os comprei pelos poemas (haikai ou haiku, principalmente).
Por falar em chá, descobri que aprecio o chá tailandês.
Anos 70, 80 e 90 - O que dizer? Eram tecnologicamente inferiores, mas nem por isso inferiores, no geral, ao século 21. Os filmes ficaram mais sofisticados com os efeitos especiais, por exemplo. Entretanto, não me convenço de que os filmes trazem histórias interessantes na quantidade de antes.
E as séries? O pessoal jovem não consegue nem assistir a um episódio de Os Pioneiros e acha o ritmo da vida lento demais. Será que são mesmo tão mais habilidosos para absorver conhecimento? Não. Vejo muita confusão, desorganização, falta de método e ansiedade. O pessoal não consegue nem assistir a duas horas de filme em um cinema sem abrir o bico.
O charme de séries como Chip’s, Daniel Boone ou Missão Impossível não se reproduz facilmente. Algumas releituras de séries, aliás, ficaram péssimas. Os anos 70, 80 e 90 foram culturalmente tão ricos quanto quaisquer outras décadas. Quem consegue assistir a esta franquia d’O Planeta dos Macacos atual? Alguém mande de volta o Roddy McDowall pela máquina do tempo. Melhor um macaco maquiado que uma computação gráfica entojada…
Não, não sou um entusiasta fanático dos anos 70 ou 80. Os anos 90 também foram muito bons. Um Ultraman valia por uns dez Jaspions, mas os Cybercops, com aqueles ‘defeitos’ especiais tinham seu charme, principalmente da metade para o final da série…
Para terminar, eu só queria mesmo era assistir aqueles filmes dos anos 70 com Roberto Carlos, Antônio Marcos, Reginaldo Farias, aprontando como nunca em um Rio de Janeiro que, se não era o dos anos 20 do último livro do Alexandre Soares Silva, ainda assim era mais habitável do que o moderno, lacrador, progressista e (muito mais?) corrupto Rio de Janeiro do século 21.
O presente e o futuro, eu sei, leitor, são maravilhosos e cheios de possibilidades. Só que há limites também. E aí é que está a diferença que está exclusivamente na minha mente, eu sei: os anos 70, 80 e 90 tinham tantas possibilidades quanto temos hoje, só que com menos limites. Explicar? Eu não. Deixo para você a reflexão, como se estivéssemos em uma conversa de bar, sem compromisso com a ciência ou com a filosofia. Sou só um ranzinza falando sobre três décadas.
Vozes Comunica - Está no fim! Infelizmente!
Memória reativada - Esta música está em alguma fita k-7 e a internet (ainda livre, por enquanto) me trouxe de volta esta memória…A música é “Star” e a cantora é a Chiemi Kai (Tiemi Kai).
Por hoje é só, pessoal e…até mais ler! (*)
(*) “até mais ler” foi plagiado do Orlando Tosetto, cuja newsletter, aliás, você deveria assinar.
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