Epitáfios - Galaxy Quest - Preferia não fazê-lo - outros temas (não gerados por inteligência, nem a artificial).
Como vai esta inópia mental, senhor Ministro? Muito bem, obrigado, senhor deputado. E a sua?
Chegou o v(3), n(26) da newsletter, desejando aos assinantes um bom dia e já indo ali tomar um café.
Epitáfios - Aqui jaz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino. A frase, tirada do Antologia da Maldade, de Gustavo Franco e Fábio Giambiagi, inspira outras criações, não?
Aqui jaz Claudio Shikida, que nasceu chorando e enfrentou a vida.
Ou, sem rimar:
Aqui jaz Claudio Shikida, que nasceu à noite e morreu à tarde.
Ou ainda, pensando no proverbial provérbio:
Aqui jaz Claudio Shikida, que não perdia a piada e morreu sem amigos.
Ou talvez algo diferente:
Aqui jaz Claudio Shikida, que só queria ter uma boa conversa e morreu neste país.
Evidentemente, não pode faltar o: se aqui jaz Claudio Shikida, quem está tomando conta da mercearia?
p.s. lancei o desafio para uns amigos que responderam prontamente, usando seus respectivos nomes. Foi bem divertido.
Galaxy Quest - Motivado por um documentário em um dos streamings, descobri que o Galaxy Quest (“Heróis Fora de Órbita”) iria ganhar um segundo filme no Prime. O problema é que um dos atores faleceu e aí o projeto - pelo que entendi - foi cancelado.
O legal deste filme é a metalinguagem. Era para ser uma paródia de Star Trek e de seus fãs (o enredo é, resumidamente, este: atores cansados de tantas convenções após anos do encerramento do seriado encontram alienígenas de verdade e, então, uma chance de uma nova aventura).
O filme tem o ótimo Tim Allen, cujo seriado, Last Man Standing, na Fox, era muito bom e é um dos que eu mais lamento não poder assistir porque as plataformas de streaming não parecem ter adquirido os direitos de transmissão por aqui. É uma pena porque, salvo engano, as duas últimas temporadas jamais foram transmitidas aqui.
Aliás, Tim Allen é um cara legal.
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Preferia não fazê-lo - Herman Melville é o autor do pequeno - e muito divertido - Bartleby, o escrivão. Ah sim, também escreveu um tal de Moby Dick. Bartleby, um belo dia, resolve não atender a uma ordem do patrão e, bem, o resto é diversão pura.
Bartleby poderia ser um presidente, ministro ou político de algum governo de um hipotético país de cultura latina.
Por exemplo, a lei manda que o secretário da reforma administrativa entregue uma proposta de reforma e ele responde: - preferia não fazê-lo. Ou poderia ser um ministro da fazenda do qual se espera uma proposta consistente de arcabouço fiscal. Interpelado, ele responde: - preferia não fazê-lo.
Claro, poderia ser até um presidente do qual se cobra serenidade e que governe para todos (não apenas para os que o elegeram) e ele, candidamente, responde: - preferia não fazê-lo.
As possibilidades de um personagem destes, no caso brasileiro, são enormes. Até mesmo um servidor público brasileiro poderia ser um Bartleby. Com estabilidade no emprego e judicializando toda avaliação que lhe fazem (quando lhe convém, óbvio, já que o mesmo chefe diabólico pode ser um luminar da humanidade quando lhe dá boas notas), Bartleby poderia negar-se a cumprir ordens alegando algum tipo de desavença com as orientações da política pública.
Eis aí um conto que poderia ser escrito. O título seria: Bartleby, o servidor público brasileiro contra tudo e contra todos (quando lhe convém).
Crônicas - O Adalberto fez um singelo relato de sua estadia no Japão. O texto tem um tom bem nipônico, digamos assim: serenidade seguida de um final trágico.
Falando em epitáfios… - Morreram Juca Chaves e Jiro Dan (o Hideki Go de “O retorno de Ultraman”). Inevitável, já que a morte vem para todos. Pode ser prudente começar a pensar em organizar as coisas, né?
Inteligência Artificial - Foi uma ótima palestra.
Por hoje é só. Tudo correndo bem, a gente se vê no sábado. Até lá, uma boa semana.
Por hoje é só, pessoal e…até mais ler! (*)
(*) “até mais ler” foi plagiado do Orlando Tosetto, cuja newsletter, aliás, você deveria assinar.
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