Dias de solidão - Aniversário do Mercado Central de BH - Pantagruel - Uber- Outros Despachos.
Foi ali despucelar Juno e depois voltou, cheio de sorriso comendo uns croutons da Crustumênia.
Chegou o v(3), n(56) da nippoletter do Shikida, como a batizou o Orlando Tambosi.
Dias de solidão - Seus dias eram bem solitários. O pouco de companhia que tinha era de algumas formigas (problema que ele resolveu com um destes venenos) e pequenos mosquitos (com os quais ele lutava diariamente, a despeito da raquete chinesa).
Exceto por estes indesejados insetos, nada mais havia em sua vida que, nem de longe, parecesse com uma companhia. Sim, ele tinha lembranças de pessoas mas, claro, lembranças são apenas imagens irregulares que ocupam a mente de forma muito superficial, são como aquele alumínio na tampa do iogurte: na melhor das hipóteses, carregam um pouquinho das lembranças, mas não contam como companhia.
Não tendo como criar cachorros ou gatos, companhia com as quais gostaria de contar, passou a se dedicar à sua humilde pessoa, o que foi, acredite se quiser, algo inesperado. Afinal, por anos ele havia tentado não ser o centro de sua atenção. Outros projetos ocupavam o lugar que deveria caber a ele na ordem natural de suas preocupações.
A sensação de se reencontrar (consigo mesmo, só para forçar a redundância) foi estranha. Quase não se reconheceu. Podia jurar que aquele não era ele. Não podia. Tão descuidado, tão maltratado…poderia ele ter feito (ou desfeito) aquilo consigo mesmo? Que desfeita! Inimaginável, inaceitável! Só que não. Não mesmo. Era verdade. Aquilo no espelho era ele.
A imagem assustadora de si arrepiou-lhe até o último fio de cabelo (nunca sei onde começa a contagem, mas você me entendeu). Preferiria acreditar que tudo não passava de um pesadelo. No entanto, a realidade ali estava, cobrando-lhe um pouco mais de atenção e sinceridade. O desespero bateu-lhe à porta. Da janela de seu quarto contemplou aquela mistura de luzes e escuridão que sempre encontramos na vizinhança do lar.
Procurou alguma esperança naquela imagem, mas seus esforços foram em vão. Não havia mais nada a ser feito. Era ele contra ele mesmo. Uma batalha que já começava perdida. E isto que ele era otimista (e sarcástico).
Aniversário do Mercado Central de BH - Dizem as más línguas que apareci em alguns vídeos no Instagrado. De fato, estive lá no feriado de 07/09 sem saber, inicialmente, da comemoração do aniversário de nosso simpático mercado. Até pesquisei um pouco, mas não me vi nos vídeos.
Desconfio que as más línguas estavam lá, no mesmo bat-dia, bat-horário e bat-local e me inventaram esta história…
Pantagruel - O Como Panurgo pede conselho a Pantagruel para saber se deve se casar, um pequeno capítulo de 3 (é, três) páginas do Terceiro, Quarto e Quinto Livros de Pantagruel, de Rabelais (editora 34, 2022) é um baita de um 'bem me quer/mal me quer’ sobre casamento.
Já eu, bondoso que sou (e Rabelais que não sou), tenho sempre dito: se beber, não case. Se não beber, também não case. (direitos autorais registrados e quem duvidar é fascista).
p.s. No início do capítulo 15, nas notas explicativas iniciais (cada capítulo tem uma destas), descubro que um personagem é inspirado em Guido di Francesi que: “…conselheiro de Felipe, o Belo, (…) tinha o apelido de ‘Senhor Mosca’; por adulterar moedas, ficou conhecido com fama de enganar o povo (…).” Em outras palavras…senhoriagem (para quem conhece um pouco de Economia…).
Uber - Falei um pouco sobre esta polêmica decisão de criativa destruição (não de destruição criadora) na Exame.
ChatGPT - Use-o para aprender e ensinar Economia, com este guia.
Scheinkman - No último número, mencionei três dos quatro artigos publicados em celebração ao grande economista brasileiro. O quarto e último está aqui.
Eventos - Dia 23/09, na Associação Mineira de Cultura Nipo-Brasileira, há o Bon-Odori. A festa promete. O site é muito ruim, procure pelo perfil da AMCNB no Instagrande. Entrada? Só levar um quilo de alimento não-perecível, mas tem lá um ingresso para ser retirado em uma plataforma destas…
Thomas Sowell - Quase com 100 anos e ainda lúcido. Mais lúcido, aliás, que muito jovem por aí. Até charter schools são mencionadas na conversa.
Por hoje é só, pessoal e…até mais ler! (*)
(*) “até mais ler” foi plagiado do Orlando Tosetto, cuja newsletter, aliás, você deveria assinar.
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