Como matar o Capitão Scarlet. Lembre-se de mim. A Inteligência Artificial Engraçadinha. Outros Temas.
Os Cavaleiros da Ordem da Jarreteira e o Restaurante em Alfa Centauri (poderia ser o nome de seu filme. Anuncie aqui)
Aqui está o v(2), n(59) da nossa newsletter. Chegou o final de semana, né?
Capitão Scarlet e os Mysterons - Série da minha infância, produção do, então casal casado, Gerry e Sylvia Anderson, foi relançada há alguns anos, feito com esta tecnologia de computação gráfica (não mais as clássicas marionetes das séries originais dos Anderson) no YouTube.
Os Mysterons são uns marcianos (ou alienígenas que lá estavam) que, ao primeiro contato com os seres humanos (no próximo ano de 2068), são confundidos como agressores e atacados. A partir daí, desejam se vingar da humanidade. Prato cheio para crianças que, como eu, adoravam uma boa ficção científica.
Ah, eu não disse ainda, mas os Mysterons são inimigos perigosos. Eles são capazes de retrometabolismo e, incidentalmente, o Capitão Scarlet adquire esta capacidade o que o torna, literalmente, indestrutível. Em outras palavras, ele nunca morre, pois seu metabolismo reverte à condição saudável após qualquer ferimento.
Após (mais) um episódio de insônia, acabei assistindo a um dos novos episódios da série. Foi assim que, depois de mais de meio século sem pensar muito sobre o tema, descobri um jeito de anular o poder do nosso herói. Isso mesmo.
Basta lançá-lo ao espaço, digamos, lançando-o de dentro de um foguete. Ainda que não congele de imediato (o que deve acontecer rapidamente, creio, mas não sou bom de ciência…), ele morreria e ressuscitaria em um ciclo sem fim.
Mesmo que reentrasse na atmosfera, seria totalmente destruído e não haveria o que retrometabolizar. Ok, aqui eu tenho dúvidas, mas tenho quase certeza de que a reentrada não deixaria nada para se recuperar.
Pronto, matei o Capitão Scarlet. Discorda? Prove me wrong!
p.s. Se esta newsletter fosse um programa de TV, a transição inter-textos seria como a de cenas da série original (quem assistiu, sabe).
Remember Me - Falando em seriados antigos, um muito bom - que sempre volta a esta missiva - é o Os Pioneiros (Little House on the Praire). E um episódio belíssimo, em duas partes, logo na primeira ou na segunda temporada, é o Remember me, em que a veterana Patricia Neal (esteve em O Dia em que a Terra Parou e outros) interpreta uma viúva que descobre que irá morrer (e deixará três filhos).
Por que este episódio é tão especial, Claudio? Porque nele há um poema escrito por Michael Landon, o ator principal da série, lido no episódio como se fosse um poema da moribunda viúva, lido pelo padre da cidade (Walnut Grove) em seu enterro.
Pois bem. O mesmo poema seria novamente lido, anos depois, quando do falecimento do próprio Landon. Aqui está.
‘Remember me with smiles and laughter,
For that’s the way I’ll remember you all.
If you can only remember me with tears,
Then don’t remember me at all.'”
Tocante, não? O episódio em duas partes é um dos mais emocionantes da longa série. Quando eu morrer, que se lembrem de mim assim também. Senão, como disse o Landon, nem terá valido a pena ter me conhecido.
p.s. também se lembrem de mim como alguém que tentou arduamente, até o fim, nunca se levar a sério, já que este é o único jeito sério de se levar a vida (ao menos neste mundo).
A Inteligência Artificial Engraçadinha - Ok, não sei bem o que pensar disto, mas chegou ao meu conhecimento este site. Com alguns comandos, ele gera textos, sei lá eu como. Por exemplo, pedi-lhe que escrevesse sobre o tzar Claudio Shikida e recebi uma ótima ‘minibio’ que bem poderia estar em algum site, na aba referente a minha distinta pessoa:
Nascido no Japão, o tzar Claudio Shikida foi um importante general russo do século XVIII. Em 1706, lutou na batalha de Almansa, ao lado do rei Felipe V da Espanha, contra o arquiduque Carlos, herdeiro do trono austríaco.
Dois anos depois, participou na guerra da Sucessão Austríaca, lutando ao lado do imperador José I da Áustria contra Carlos. Em 1709, venceu a batalha de Poltava, considerada um dos maiores triunfos da história militar russa.
Após a vitória, o tzar Claudio Shikida foi nomeado governador-geral da Ucrânia e, em 1711, foi feito cavaleiro da Ordem da Jarreteira, uma das mais altas honrarias da época.
Em 1712, ajudou a derrotar os turcos na batalha de Praga e, no ano seguinte, participou na guerra do Norte, lutando contra os suecos. Em 1721, foi nomeado presidente do Conselho de Guerra e, em 1722, generalissimo da Rússia.
Morreu em 1723, mas deixou um importante legado militar para o seu país.
É, eu sei. Eu me apaixonei pelo site. Na próxima vez vou pedir a IA em casamento e ver o que ela me responde (por algum motivo, não consegui refazer o meu login em casa para fazer o pedido).
Bari Weiss conversa com Douglas Murray - Eu não conhecia o autor, mas gostei da entrevista. Há, de fato, um certo niilismo no ar que respira esta geração mais nova, no que diz respeito às conquistas da civilização humana. Há quem insista em igualar o rufar de tambores indígenas com a ciência que levou o homem à Lua, em um relativismo absurdo (ironicamente, a opinião divide espaço na cabeça do relativista com um suposto entusiasmo pela ciência, no já batido jargão do ‘viva a vacina’…).
O mais engraçado é tentar condenar um certo ‘Ocidente’ (qual seria?) por ‘tudo isto (de ruim apenas!) que aí está. Há algo muito irônico nisto tudo: parece que a História castiga Karl Marx. Afinal, tudo o que ele achou ‘infantil’ ou ‘não-científico’ no movimento socialista é o que a sociedade industrial (hoje, já na fase de ‘serviços’), por meio de sua dialética (blá blá blá) gerou. É, Karl Marx errou muito. Mas, também é verdade, um erro não justifica o outro.
E aí que, nos dias de hoje, vê-se gente séria na esquerda sendo atacada de forma violenta pela extrema-esquerda nas redes sociais. Vivemos mesmo em um tempo em que as pessoas realmente acham que suprimir a liberdade de expressão é a melhor forma de garantir…a liberdade de expressão. A propósito, ainda aguardo a chegada do chegou meu exemplar do livro de Maultasch (que mencionei por aqui há uns dias) e já vou começar sua leitura.
Ah sim, eis o link da conversa.
Política Industrial - Dizem por aí alguns pais que é melhor não ensinar que existe Papai Noel. Pelo mesmo motivo, então, deveríamos ensinar às crianças que política industrial…, bem, você sabe. Aliás, assine o substack do Leo se você quiser entender mais de Economia.
Falhas de Mercado - Pois é. Existem. E daí? O Brian Albrecht, o autor do texto, em meio à discussão sobre externalidade (pareceu-me um texto ainda preliminar, mas pode ser a minha insônia…), faz este ótimo comentário.
There is an important difference between engineers and policy economists looking to fix problems. In business, lots of people can see that the product is working. Consumers buy it, and the firm makes money. Engineers are paid to find mistakes that no one else sees to improve the product.
Ao longo dos anos eu passei a ver estas analogias entre economistas e engenheiros com menos entusiasmo. Depois, então, que você lê Buchanan e Alchian, é um caminho sem volta pensar nas limitações desta analogia. Atualmente - pode me apedrejar - eu prefiro uma analogia com ________ (o autor se autocensurou).
Macaron - Tentando mais um haiku, com base na foto acima.
お茶がない
猫のマカロン
まだ一人.
Use o Google Translator que não tem erro.
Mais Poesias - Após uma ausência (criminosa!?) longa, eis que o Adalberto (Beto Queiroz) retorna à sua newsletter e me faz lembrar da mesma edição de 1984 que li, nos longínquos anos 80.
A propósito, eu não sou exatamente um especialista em poesia, mas, penso, o Adalberto (que é de Goiás) e o João Filho (da Bahia) são boas referências da poesia contemporânea brasileira. Não acredita em mim? Não precisa. Vá lá ler as poesias deles e depois me diga o que achou. Aposto que você não vai se decepcionar!
A Ordem da Jarreteira - Está lá em cima, quando falei da IA. Pois é. Ela existe mesmo. Até o falecido imperador Hirohito fez parte dela.
Pelo tamanho do livro…- …e pelo fato de ser o segundo volume, creio que o problema dificilmente não era sério (se é que não existe mais).
Por hoje é só, pessoal e…até mais ler!
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