Caminhava - Dietas - A escravidão africana - Trocando as Bolas - Trump
Por que não querem doce de leite no queijo?
O v(5), n(16) chegou em uma semana com feriados à vista.
Caminhava - Ele caminhava na manhã de domingo altivo e ignorante quanto à previsão do tempo. Não que isso importasse muito porque a cidade de Belo Horizonte não é lá uma cidade muito chuvosa. Tem lá suas épocas de chuvas - não sei bem quais são, confesso - mas nada que possa perturbar um sujeito como Johnny Gunboy.
Armado com seu revólver, e trajando calças jeans, chapéu e colete de couro e uma camisa xadrez amarela, Johnny Gunboy realmente parecia uma versão viva de Luck Lucky, só que um pouco mais baixo e ligeiramente gordo (a dieta da doutora Maria Eduarda estava ajudando-o há pouco mais de um mês).
Notado por outros, Johnny caminhava determinado a completar pelo menos uma hora de caminhada sob o sol belorizontino. Evidentemente, o que intrigava as pessoas era o revólver no coldre. Seria verdadeiro? Ou um daquelas imitações chinesas que o pessoal usa em duelos de paintball e outros jogos similares? Ninguém sabia e como nos ensina a prudência, ninguém tinha coragem de perguntar ao Johnny a respeito.
A subida da avenida Francisco Deslandes, bem em seu início (ou final), dava para um parque pelo qual se pode alcançar a avenida Bandeirantes, após um notável exercício para as panturrilhas. O parque, à época tal como agora, tem lá uns miquinhos e uns gatos que dividem o território com mais alguns pássaros, todos vivendo em certa harmonia.
Johnny entrou no parque e subia as escadarias quando topou de frente com Dedinho, um gato branco com pequenas manchas acinzentadas e com um dedo a mais na pata dianteira (a tal polidactilia). Para sua surpresa, também trajava colete e chapéu que mais pareciam miniaturas dos seus. Dedinho olhou-o nos olhos e Johnny soube que precisaria ser mais rápido no gatilho.
Sim, porque Dedinho era lendário como o mais rápido gato do bairro Anchieta. Assim, Johnny pensou rápido, levantou as mãos fazendo com que Dedinho relaxasse. Johnny tirou o chapéu e, de dentro dele, um pacote de ração úmida. Aproximou-se cautelosamente para que o gato pudesse reconhecer a embalagem. Abriu-a cuidadosamente e sentou-se ao lado dele, colocando um pouco em sua mão para que Dedinho pudesse se alimentar.
Relaxado e feliz, Dedinho comeu toda a ração. Depois, ele e Johnny Gunboy se sentaram em um dos degraus da longa escadaria e ficaram calados olhando para aquela variedade de plantas do parque. A apreciação da natureza durou uns vinte minutos. De forma cautelosa, Johnny se levantou e piscou para Dedinho que retribuiu o gesto. O céu ainda tinha nuvens e nenhum sinal de ameça de chuva.
Johnny Gunboy seguiu em sua caminhada.
Dietas - Eu até tento seguir. Diria que, com certo sucesso. O problema todo, descobri, é que meu tempo é escasso o que faz com que eu valorize imensamente meu o que me sobra para descanso e como não sou o Luigi Marnoto, que se diverte na cozinha, não tolero usar meu tempo preparando nada.
Por isto, no meu caso, a dieta precisa incluir um uso nulo do meu tempo em coisas muito elaboradas. Ok, eu tolero usar o microondas e a airfryer, mas se, no fogão, tiver muito o que fazer, misturando, seguindo receitas, eu largo.
Como eu disse para a nutricionista: descobri que meu prazer não é em cozinhar, mas em cumprir uma tarefa que é a de seguir uma dieta. Só que não sou um super-soldado (como Steve Rogers) e, assim, as tarefas não podem envolver nada mais do que cozinhar um ovo.
De todo modo, eu diria que 90% do que me foi orientado vem sendo cumprido, para minha surpresa.
A escravidão africana - Um livro esgotado que merecia ser reeditado, dada sua importância quando se fala em história da África. A escravidão perpetrada pelos muçulmanos, antes dos europeus, não foi menos importante.
Trocando as Bolas - Por que o Trocando as Bolas não volta a ser semanal? Por que a bocha não é um esporte olímpico? E, finalmente, por que não se fala mais disso no programa?
Trump - Entrevista comigo sobre Trump. Note que me enganei sobre o Motorola, pois a Lenovo não tem matriz na República da China, mas na República Popular da China.
(*) “até mais ler” foi plagiado do Orlando Tosetto, cuja newsletter, aliás, você deveria assinar.
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