Bem-vindo(a) ao v(2), n(4) desta newsletter. O ano de 2022 segue com a terceira temporada da série Covid-19. Desta vez, com um pouco menos de emoções fortes, mas com altos índices de audiência. Algo me diz que vamos sair desta em breve. Ou pelo menos é o que desejo.
Vamos ao que importa.
Juó Bananére em campanha pelo Brasil - Eh! Como stá, inlettôre? Altro dia, io stava nu muro da mia casa i veio u carttêro co’as cartta dus inlustríssimu inlettôre. Uno mi iscriviu chi io era molto bunittignu e chi ia avotá prá mim nu torneio inlettoráre.
U lustríssimu inlettôre, intó, mi acunvidó p’ra ir n’a casa de illo. Che gentile! Así che io piguê mio materiale inlettorare i fui n’a casa delle. Io abraçê tutto a famiglia delle chi prometeu votá tutto in Bananére che o Bananére era a ‘speranza du Brasile chi dava p’ra bibê schopp tutto o sábatto, ecc. ecc.
Eh! Bananére é tutto aleggria! Intó, io dei di prezenti a giléia di moccotó Colombo pr’a famiglia du amigo inlettôre i vortê pr’o Bar Baró chi tambê é o mio ‘scrittório di campagna i tem schoppe allemó. U garonello Çiro passó por lá. Illo stava molto confuso.
‘- Bananére, io agosto du prano reale.
- Eh! Io tambê.
- Má é che io non agosto du prano reale.
- Eh! Io tambê non.
- Bananére, io vô dexá de sê gandidatummu. Voto Bananére!
- Tá bene. Vamu atomá um schoppe!
U Çiro stava megliore com o schoppe chi aparlando du reale.
Sai, caguira! Vota Bananére!
#juobananerepresidente
E Assim falou Zaratustra - Vou te contar a verdadeira origem desta expressão.
Zaratustra Adolfo Zilder era conhecido pelos colegas da escola como ZAZ. Afinal, ele era bom de correr na hora das brigas e, claro, seu sobrenome era um trava-língua para lá de irritante.
ZAZ foi um bom menino. Não causava problemas aos pais. Obediente e esforçado, não decepcionava em seu desempenho escolar. Excelente não só nas provas, mas também na retórica: vencia todos os debates em sala de aula (ou mesmo nas discussões familiares).
Tinha já doze anos de idade quando, na festa familiar de Natal, seu primo de quinze anos, Zoroastro Otelo Almeida (claro, conhecido como ZOA), contou-lhe vários casos de sucessos, sobre como conquistava garotas com um discurso fácil, sem sentido, mas sedutor. Zaratustra ficou maravilhado.
É que ZOA, ao contrário de ZAZ, era meio desleixado na escola, mas fazia um grande sucesso com as garotas do colégio. Sua retórica podia ser vazia de conteúdo, mas rica em adornar as palavras que tanto encantam o coração feminino.
Já há algum tempo, Zaratustra reparava, discretamente, em uma colega, Dorinha, loira de cabelos longos e olhos esverdeados. Imaginando que seus dotes retóricos seriam superiores aos do primo, tomou coragem e, por baixo da carteira (claro), fez chegar às mãos da coleguinha, um bilhete propondo um bate-papo no recreio.
Chegada a hora do recreio, viu-se Zaratustra só com sua amada Dorinha em um canto do pátio.
- O que você quer, ZAZ? Você nunca falou comigo antes!
Diante da musa inspiradora - também, naquele momento, inquisidora - assim falou Zaratustra:
- É….er…hum…ahhhhhh….que….aahhhhh….ihhhhh.
Seguiu-se um silêncio que, para ele, parecia sem fim. Dorinha encarou o atordoado Zaratustra (em outra ocasião, isso o deixaria nas nuvens), aproximou seu rosto ao dele (uhu!), levou as mãos às bochechas (mau sinal…) e mostrou-lhe a língua de uma forma nada amorosa (inevitável, não?).
Estupefato e imóvel diante da careta, Zaratustra ficou com aquela cara de adolescente bobão decepcionado (quem nunca, né?). Dorinha lhe deu as costas e foi conversar com as amigas ao lado da quadra.
Em casa, com o coração destroçado, por várias vezes, Zaratustra se encarou no espelho do banheiro e tentou dizer o que sentia, mas tudo o que saía era:
- É….er…hum…ahhhhhh….que….aahhhhh….ihhhhh.
Esta peculiar dificuldade acompanhou Zaratustra em todas abordagens que fez às mulheres ao longo da vida. Embora fizesse carreira arrebatadora nos tribunais como um advogado de retórica ímpar, nunca superou a barreira da timidez.
E esta é a verdadeira origem da expressão ‘E assim falou Zaratustra’, conforme me contou meu amigo Zoroastro. Juro.
E assim falou Juó Bananére - ‘O getattore é un uómo chi péga caguira na genti só di ogliá’. (O Pirralho, 1913, n.112).
Com esta descobri o que significa ‘caguira’, mas deixo ao leitor o trabalho de fazer a busca no ‘mecanismo de busca’. Caso não tenha caguira, pode achar rápido (isso foi um spoiler).
Piadinhas - Todo mundo com medo do Omicron, você compra um caixa de bombons e deixa para o povo da repartição com o recado: o que não mata, engorda. Conheço gente capaz de fazer isso. Eu, por exemplo.
Sugestão Aleatória - Já que tivemos Omega Man (A Última Esperança da Terra), com Charlton Heston, que tal um remake, Omicron Man, com, quem sabe, Keannu Reeves? O enredo seria similar, só que a vacina seria para o sujeito se imunizar contra qualquer variante (até a próxima mutação, vai).
Lembranças da TV Tupi - A novela Drácula, lembro-me, foi algo que me impressionou. Rubens de Falco era o famoso conde. Quem mais poderia ser? Mas a novela não durou quatro capítulos. A crise financeira da Tupi acabou com a novela que iria para a Bandeirantes e, bem, aí já não me lembro de tê-la assistido.
O fim da Tupi foi um marco triste do final da minha infância. Alguém deveria lançar um box de DVDs com o que restou dos capítulos da novela na Tupi e, claro, a versão que, repaginada, foi transmitida pela Bandeirantes (ok, não tem demanda para isso, mas eu não resisti…).
Um homem trans encontra uma mulher trans - Em meio ao clipping de notícias da ótima newsletter da Bari Weiss, um caso que faria corar o mais progressista dos juízes do STF.
→A transman beats a transwoman in the women’s swimming match: There’s some surprising twists in the story of Lia Thomas, the University of Pennsylvania swimmer who competed as a male swimmer, transitioned, and now has been breaking records on the women’s team. The twist? She lost two of her four races this past weekend. The other twist? She was just beat in the pool by transman, who was also swimming on a women’s team.
The winner of the 100-yard freestyle event last weekend was Iszac Henig, who swims on Yale’s women’s team. Can you ask any questions about this and whether it makes sense for women’s sports to become a free-for-all for all that leads to a man winning? Do you want to keep your job? Because by the definitions of the movement, Iszac is a male who cannot compete on a women’s team, right? This whole thing is becoming increasingly absurd.
Public Choice e Relações Internacionais - Richard Hanania faz o que nunca vi aqui no Brasil: um livro que analisa a política externa dos EUA sob a ótica da Escolha Pública (Public Choice).
Há cursos de Relações Internacionais no Brasil dizendo que Public Choice é importante? Talvez. Mas, na prática, não vi nenhuma análise científica de qualidade sob este arcabouço teórico ser publicada.
De todo modo, veja a entrevista dele.
Japonês - Até o final da 2a Guerra Mundial, escrever da direita para a esquerda, que era o ordinário nos textos tradicionais (com a escrita vertical) também se aplicava ao modo ‘ocidental’ (escrita horizontal).
O mapa abaixo é uma divertida forma de se visualizar ambas.
Sétima Arte - Eu já falei que sou fã de filmes blaxploitation?
Por hoje é só. Gostou?
Caso queira compartilhar, clique no botão abaixo.
Talvez você seja novo por estas bandas. Rapidamente: publico duas vezes por semana, geralmente às quartas e sábados. Eventualmente há algumas edições extraordinárias. Assinar (custo = R$ 0.00 + valor do seu tempo para apertar o botão subscribe com seu endereço de e-mail lá…) me ajuda bastante. A temática? De tudo um pouco. Confira os números anteriores aqui.