A vida de Aynitta: apontamentos sobre sua infância e puberdade
Aynitta é uma menina peculiar. Mexeu com ela, não mexeu com todas (segundo ela mesma).
Edição extraordinária! Pega antes que acabe! Vamos pular aquele palavrório inicial e partir para a cousa em si.
Incentivado pelo Diogo Costa, aí vai a pequena história de Aynitta - Aynitta, nascida Alisa Zinov'yevna Sigisbumda, era uma cantora que havia emigrado do morro do Cantagalo para um apartamento luxuoso na Avenida Paulista.
Baixinha, mas muito invocada, a menina desafiava tudo que era estereótipo. E isto desde criança. Muitos boatos correm por aí sobre a Aynitta criança. Não se sabe o que é lenda ou o que é verdade.
Um famoso, que ouvi enquanto tomava um café ali, no Conjunto Nacional, mostra bem as raízes do pensamento de Aynitta (alguns diriam, aynittiano).
Conta-se que, aos 8 anos de idade, a pequena Aynitta brincava de queimada com as colegas do colégio quando, ao receber a bola em suas mãos, teve um momento de iluminação.
- Aynitta, joga a bola!
- Aynitta, joga para mim!
Aynitta não se mexia. Sequer respondia.
- Aynitta!!!!
Foi então que Aynitta deu um grito, destes que rasga a alma e muda o destino da vida de uma pessoa.
- Por que eu deveria? A bola é minha!
Conta-se que foi preciso uma multidão de garotas para arrancar a bola de Aynitta. Em algumas versões fala-se de 10 meninas. Em outra, de 26 gurias. Ninguém sabe ao certo. Somente se sabe que foi ali que Aynitta iniciaria sua maneira própria de pensar a vida (incluindo a compra de talheres na 25 de Março para sua franquia de bares). Sim, falamos do Aynittismo.
Aynitta, na adolescência, desenvolveu um gosto pela literatura russa. Tolstói, Dostoiévski, estes figurões aí. Também lia Bakunin e outros anarquistas. Foi mais ou menos aos 16 anos que compôs sua primeira música, um hip hop cômico sobre uma imaginária orgia entre Lênin e Trotsky num quilombo de concentração na Sibéria.
É, Aynitta foi uma adolescente complicada. Como dizia Platão (acho que foi ele, após um dia com os alunos na caverna): Quem nunca, né?
Mas eu falava da música. Pois é. A música de Aynitta fez sucesso no colégio, a despeito da revolta de alguns professores. A garotada rebolava ao som de seu sucesso em todos os recreios. Sendo um colégio de pedagoria progressista, os professores incentivavam as aptidões artísticas dos alunos. Quem nunca, né?
O tempo passou, Aynitta cresceu e, quem sabe, dia destes, tem mais histórias dela aqui? Vai depender dos leitores. Até sábado!